sábado, 5 de novembro de 2016

Educação de Superdotados, com o prof. Igor Paim

Sugiro a leitura do conteúdo da página Educação de Superdotados, no Facebook, do professor e doutorando, em Educação, Igor Paim.
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Link: Educação de Superdotados

sábado, 1 de setembro de 2012

Jovem de 17 anos ganha provas internacionais de física, linguística e astronomia

LAURA CAPRIGLIONE, Folha de São Paulo


Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho, 17, é um prodígio.

Entre 13 de julho e 14 de agosto, emendando uma competição na outra, ganhou na Estônia a medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Física, a prata na Olimpíada Internacional de Linguística, na Eslovênia, e no Rio, a prata na Olimpíada Internacional de Astronomia.
O garoto disputou com a elite dos estudantes do planeta. A prova individual de linguística, uma das mais interessantes, exigiu a resolução de problemas a respeito de cinco línguas: dyirbal, umbu-ungu, teop, rotuman (diferentes idiomas da Oceania) e basco (da região espanhola). A prova em grupo versou sobre o tai-kadai, do sudeste asiático e do sul da China.

Antes que alguém se assuste, Ivan já explica: "Não, eu não tinha de conhecer essas línguas previamente". Ah!

O estudante Ivan Antunes, 17, com medalhas após ganhar Olimpíadas de física, astronomia e linguística

"É competição de lógica. Você tem de perceber os padrões do uso da língua." Uma questão clássica: fornecem-se ao estudante duas listas, uma com frases em uma língua desconhecida; outra, uma lista de traduções. "Só que elas não estão ordenadas e uma das traduções está errada", diz Ivan. O desafio é descobrir qual tradução está errada, fazer a correspondência das traduções e apontar o erro da tradução.

A medalha de prata que Ivan trouxe é a primeira conquistada pelo Brasil na história dessa competição.

Filho de médicos de Lins (429 km de São Paulo), Ivan começou a disputar olimpíadas na quinta série. Com 14 anos, foi sem os pais para o Azerbaijão participar de sua primeira prova internacional.

Visitou dez países graças às competições. A viagem para a Disney com a família estava marcada, mas, na mesma data, apareceu uma semana de matemática em São José do Rio Preto (443 km de São Paulo). Adeus, Disney.

SOLTEIRO

Hoje, Ivan vive em São Paulo, em uma pensão vizinha ao Colégio Objetivo Integrado, onde estuda. Está "solteiro", diz. A família mora em Lins.

Ivan não se acha superdotado. "Qualquer pessoa que se dedique como eu conseguirá resultados iguais." A memória também não é excepcional. "Costumo esquecer os nomes das pessoas."

O segredo do sucesso? "Ser um campeão olímpico depende de curiosidade, planejamento, interesse e dedicação verdadeira", afirma.

O dia começa às 7h10, quando entra na escola. Vai até as 12h50, saída das aulas. À tarde, o jovem estuda por até seis horas. Mas há dias em que o esforço se limita a ler 20 páginas de algum livro.

Sem rotinas férreas, recomenda que se tracem objetivos claros. "Tipo: quero acabar esse livro até tal data. Algumas metas têm de ser de longo prazo. Para ir à Internacional de Física, comecei a estudar um ano e meio antes."

Para aqueles que se acham modelos de dedicação infrutífera, Ivan tem duas hipóteses: "Ou são pessoas que pensam que se dedicam, mas não se dedicam tanto, ou se dedicam usando estratégias de aprendizado inadequadas."

Ele dá um exemplo de "estratégia inadequada". Durante o treinamento para a Olimpíada de Linguística, Ivan percebeu que estava estagnado. "Os professores diziam que deveríamos conhecer as teorias antes, mas para mim não funcionou."

Em vez de desistir, o jovem criou seu próprio método. "Para mim, foi muito melhor fazer as provas passadas, lendo a resolução e anotando todos os pontos importantes."

A lição que extraiu: "Existem estratégias que funcionam para algumas pessoas, e outras que funcionam para outras. Você tem de descobrir a que funciona para você".

Ivan se preocupa com a fama de "egoístas" que cerca alunos "olímpicos" como ele. Há dois anos, mantém com amigos o endereço www.olimpiadascientificas.com, com dicas de estudos. "Também tiramos dúvidas", diz. "É nossa forma de ajudar."

O menino que pensa em estudar em Harvard, Oxford, Princeton, MIT ou Cambridge - "As suas chances de ser aceito aumentam muito se você vencer uma olimpíada internacional", escreveu ele no site- não tem ainda a menor ideia de qual carreira seguirá. "Eu gosto de tudo, não consigo decidir o que fazer."


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ FICA ELOGIANDO A INTELIGÊNCIA DE UMA CRIANÇA

por , Updateordie



Gabriel é um menino esperto.
Cresceu ouvindo isso.

Andou, leu e escreveu cedo.

Vai bem nos esportes.

É popular na escola e as provas confirmam, numericamente e por escrito, sua capacidade.

“Esse menino é inteligente demais”, repetem orgulhosos os pais, parentes e professores. “Tudo é fácil pra esse malandrinho”.

Porém, ao contrário do que poderíamos esperar, essa consciência da própria inteligência não tem ajudado muito o Gabriel nas lições de casa.
- “Ah, eu não sou bom para soletrar, vou fazer o próximo exercício”.

Rapidamente Gabriel está aprendendo a dividir o mundo em coisas em que ele é bom, e coisas em que ele não é bom.

A estratégia (esperta, obviamente) é a base do comportamento humano: buscar prazer e evitar a dor. No caso, evitar e desmerecer as tarefas em que não é um sucesso e colocar toda a energia naquelas que já domina com facilidade.

Mas, como infelizmente a lição de casa precisa ser feita por inteiro, inclusive a soletração, de repente a auto-estima do pequeno Gabriel faz um… crack.

Acreditar cegamente na sua inteligência à prova de balas, provocou um efeito colateral inesperado: uma desconfiança de suas reais habilidades.

Inconscientemente ele se assusta com a possibilidade de ser uma fraude, e para protegê-lo dessa conclusão precipitada, seu cérebro cria uma medida evasiva de emergência: coloca o rótulo dourado no colo, subestima a importância do esforço e superestima a necessidade de ajuda dos pais.

A imagem do “Gabriel que faz tudo com facilidade” , a do “Gabriel inteligente” (misturada com carinho), precisa ser protegida de qualquer maneira.

Gabriel não está sozinho. São muitos os prodígios, vítimas de suas próprias habilidades de infância e dos bem intencionados e sinceros elogios dos adultos.

Nos últimos 10 anos foram publicados diversos estudos sobre os efeitos de elogios em crianças.

Um teste, realizado nos Estados Unidos com mais de 400 crianças da quinta série (Carol S. Dweck / Ph.D. Social and Developmental Psychology / Mindset: The New Psychology of Success), desafiava meninos e meninas a fazer um quebra-cabeças, relativamente fácil.

Quando acabavam, alguns eram elogiados pela sua inteligência (“você foi bem esperto, hein!) e outros, pelo seu esforço (“puxa, você se empenhou pra valer hein!”).

Em uma segunda rodada, mais difícil, os alunos podiam escolher entre um novo desafio semelhante ou diferente.

A maioria dos que foram elogiados como “inteligentes” escolheu o desafio semelhante.

A maioria dos que foram elogiados como “esforçados” escolheu o desafio diferente.
Influenciados por apenas UMA frase.

O diagrama abaixo mostra bem as diferenças de mentalidade e o que pode acontecer na vida adulta.


O Malcom Gladwell tem um ótimo livro sobre a superestimação do talento, chamado “Fora de Série” (“outliers”). Lá aprendi sobre a lei das 10 mil horas, tempo necessário para se ficar bom em alguma coisa e que já ensinei pro meu filho.

Se você tem um filho, um sobrinho, ou um amigo pequeno, não diga que ele é inteligente. Diga que ele é esforçado, aventureiro, descobridor, fuçador, persistente.

Celebre o sucesso, mas não esqueça de comemorar também o fracasso seguido de nova tentativa.
UPDATE : Apenas alguns esclarecimentos a alguns dos comentários…

01. Não, eu não estou dizendo para não elogiar as crianças. E não, também não estou dizendo para você nunca dizer para o seu filho que ele é inteligente. É apenas uma questão de evitar o RÓTULO.

02. Evidentemente não sou o autor dessa tese/teoria, muito menos desse estudo citado no post. Escrevi justamente SOBRE essa linha de pensamento. Quem escreveu essa teoria foi Carol S. Dweck / Ph.D. Social and Developmental Psychology / Mindset: The New Psychology of Success(http://news.stanford.edu/news/2007/february7/dweck-020707.html) como foi citado acima e nos comentários também.

03. Gostaria de aproveitar o update e agradecer pelos inúmeros comentários e likes, o que prova o quanto esse assunto é fascinante. Obrigado!




domingo, 19 de agosto de 2012

Conheça Kurzweil, o cientista que sonha com a ‘imortalidade’

Referência em tecnologia, inventor e empresário, Kurzweil toma 250 pílulas ao dia para ver o tempo em que a máquina poderá reproduzir e conservar a complexidade humana.


Fernando Scheller, de O Estado de S. Paulo
É verdade. Ele toma pílulas como se fossem M&Ms. Durante um almoço em São Paulo, entre uma garfada e outra, o cientista Ray Kurzweil sacou do bolso um saco cheio de comprimidos e começou a ingeri-los com a maior naturalidade, para o estranhamento de quem estava à mesa com ele. O empenho em relação à própria saúde é motivado por uma meta nobre: Kurzweil, de 64 anos, sonha em ser imortal. Ou, no mínimo, chegar com vitalidade e clareza de raciocínio a 2029 - ano em que ele acredita que a fusão entre máquinas e homens estará completa.
A teoria está detalhada no livro Singularity is Near (A Singularidade Está Próxima), publicado em 2005 mas ainda sem tradução para o português. Segundo Kurzweil, essa fusão permitirá eternizar o conhecimento gerado ao longo da história, com máquinas que replicam "toda a capacidade humana". Antes que se descarte Kurzweil como um lunático que toma emprestadas ideias de ficção científica que vão de Philip K. Dick (Blade Runner) a George Orwell (1984), é preciso levar em conta que sua influência no mundo da tecnologia já se estende por 50 anos.
Ainda no ensino médio, em 1963, ele desenvolveu um programa de computador que acabou sendo aproveitado pela IBM. Durante a faculdade, criou um software que comparava as aspirações de estudantes com a oferta de cursos das faculdades americanas - negócio vendido em 1968 por US$ 100 mil. Mais tarde, em sua própria empresa, a Kurzweil Computer Products, o cientista inventou o primeiro leitor óptico de caracteres. A companhia foi adquirida pela Xerox anos depois. Em 1984, após conhecer Stevie Wonder, Kurzweil desenvolveu o primeiro sintetizador digital de instrumentos capaz de enganar os ouvidos dos músicos mais experimentados.
Ele acredita que as grandes inovações são resultado da conexão pessoal do inventor com um determinado problema. "A inovação vem do indivíduo e de sucessivos fracassos. As melhores ideias surgem justamente dessa paixão individual." Isso explica seu interesse pela nutrição - e seu gosto pelos comprimidos. Após perder o pai ainda jovem para uma doença cardíaca, Kurzweil passou a se dedicar para não ter o mesmo fim. Estudou tanto que escreveu um livro a quatro mãos com o médico Terry Grossman: A Medicina da Imortalidade, disponível no Brasil.
Entre os pupilos atuais de Kurzweil está um garoto de 14 anos que começou a pesquisar sobre câncer no pâncreas para desenvolver um sistema de detecção precoce da mesma doença que custou a vida de um tio. Mas não se inova apenas motivado por situações de vida e morte. O cientista gosta de citar o caso da blogueira Tavi Gevinson, eleita pela revista Fast Company uma das 100 pessoas mais criativas de 2010. Ela começou um blog de moda aos 11 anos. Ainda adolescente, desenhou sua própria linha para a rede Target, nos EUA, e apareceu em editorial da Harper’s Bazaar. "O importante é ter algo a dizer. O assunto não importa."
Kurzweil tem uma visão "humanística" da tecnologia e defende que a evolução das máquinas poderá ajudar a solucionar a escassez de água e comida nas regiões mais pobres do mundo. Ao mesmo tempo, concentra boa parte de seus argumentos na competição entre homens e máquinas. "Um computador já ganhou dos dois maiores vencedores da história do programa Jeopardy! (programa de TV americano de perguntas e respostas)", diz ele, reforçando sua causa a favor da inteligência artificial.
Ponto de fusão. A "singularidade" propagada por Kurzweil, em que a máquina será uma espécie de continuação do homem, já está em curso. "Não será algo que começará automaticamente em 2029. É uma mudança que já está acontecendo", explica o cientista. Segundo ele, a relação das pessoas com seus smartphones é um exemplo claro da tendência. "As pessoas já sentem que esses aparelhos são uma extensão do seu cérebro, ainda que não estejam dentro de sua cabeça", explica. "Na verdade, as informações do smartphone não estão nem dentro do hardware; elas residem na nuvem, com uma capacidade exponencial de armazenamento em relação ao cérebro humano."
Depois de ler a versão em inglês de Singularity is Near, René de Paula Júnior tornou-se um dos poucos brasileiros a participar de um curso presencial na Singularity University, fundada por Kurzweil e outros cientistas em 2007. Ele lembra que o fundador da escola deu uma palestra à distância, mas em grande estilo. Falando em um sistema de videoconferência, apareceu em uma forma que lembra o sistema que "ressuscitou" o rapper Tupac Shakur como holograma 3D no último festival de música de Coachella, discursando sobre a inevitabilidade da fusão homem-máquina. "Parecia um avatar", lembra.
O executivo brasileiro, que já passou por Microsoft, Sony, Yahoo e hoje está na agência CuboCC, diz que o curso permitiu que os alunos tivessem contato com cientistas que desenvolvem tecnologia de ponta para a Nasa. "Fiquei imerso com autoridades em nanotecnologia e segurança da informação", lembra. Em relação ao discurso de Kuzweil, no entanto, ainda restou uma dúvida: "Achei a visão dele muito cartesiana. Pareceu que elimina a contribuição da emoção para as decisões humanas."
Para ler e ouvir Kurzweil
Embora a obra definitiva de Ray Kurzweil não esteja disponível no Brasil - com mil páginas, ‘Singularity is Near’ teria de custar mais de R$ 100 para ser economicamente viável, segundo um editor -, dois livros importantes do inventor/cientista/empresário/professor estão disponíveis no Brasil: ‘A Medicina da Imortalidade’, sobre nutrição e envelhecimento, e ‘A Era das Máquinas Espirituais’, espécie de gênese do argumento do autor sobre a união de inteligência humana e artificial. Ele participará esta semana do evento ‘Fronteiras da Gestão’, da HSM, em São Paulo.

Conheça o ILECCA



A dra. Clara Sodré, pedagoga e diretora do Instituto LECCA, organização sem fins lucrativos voltada a educação de crianças superdotadas de baixa renda, chama atenção para a importância de oferecer oportunidades a jovens talentos em comunidades carentes. Saiba mais em ilecca.org.br

domingo, 15 de julho de 2012

quinta-feira, 12 de julho de 2012

terça-feira, 10 de julho de 2012

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Níkolas Francisco Iubel



O Colégio Militar de Curitiba (PR) terá lembranças marcantes desse brasileiro. Com desempenho excepcional, ele recebeu o título de Coronel-Aluno, a graduação máxima dada a um aluno no sistema Colégio Militar do Brasil.

Também é membro da galeria de honra Panteon do colégio, onde figuram apenas os alunos que foram primeiros colocados em suas séries durante os sete anos de estudo e obtiveram médias anuais superiores a 9,0 em todas as matérias. Em 50 anos de existência do Colégio Militar de Curitiba, apenas quatro alunos conquistaram o direito de figurar nessa galeria de honra.

Nikolas tem medalha de Ouro em 2004 e 2005 nas Olimpíadas Paranaenses de Física e na Olimpíada Brasileira de Matemática do Ensino Público, em 2006. Em 2007, foi selecionado pelo programa Jovens Embaixadores, da Embaixada dos Estados Unidos, realizou visitas a líderes internacionais, estudou inglês e ministrou palestras sobre o Brasil em escolas nos Estados Unidos.

Foi selecionado para participar do United States Studentes Achievers Program/Opportunity Initiatives (USAP), promovido pela Embaixada Americana, em parceria com a Comissão Fullbright, que prepara talentos de baixa renda para cursarem a graduação nos Estados Unidos. Nessa época, já havia iniciado as faculdades de Engenharia Industrial Mecânica na Universidade Tecnológica Federal do Paraná e de Publicidade e Propaganda na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Preparou-se sozinho para os exames norte-americanos de admissão e, no Brasil, recebeu o apoio da Fundação Estudar para cursar Engenharia e Matemática na Stanford University.

Fundação Estudar

Pessoas inteligentes dormem mais tarde

Maior vitalidade intelectual e curiosidade não deixam os indivíduos de QI alto dormir

Estudantes sabem bem como é passar noites em claro. Alguns, inclusive, acreditam que a madrugada é um dos melhores momentos do dia para estudar. Isso é, possivelmente, um sinal de que essas pessoas são mais inteligentes que aquelas que dormem cedo.

Uma pesquisa de Satoshi Kanazawa, especialista em psicologia evolucionária na Universidade de Economia e Ciências Políticas de Londres (LSE), afirma que pessoas com QI mais alto geralmente adormecem próximo de 1h44, cerca de uma hora mais tarde que as pessoas com QI menor. Com 20 mil pessoas extensivamente pesquisadas para entender a relação entre os padrões de sono e inteligência, foi descoberto que ficar acordado até mais tarde é sinônimo de curiosidade, vitalidade intelectual e complexidade cognitiva.

A teoria de Kanazawa é de que os ancestrais humanos eram tipicamente diurnos e mais ativos durante esse período, já que a presença do sol regulava seus hábitos. A eletricidade e diversos fatores contribuiram para um preferência evolutiva nos indivíduos mais inteligentes de se sentirem mais estimulados durante a madrugada.

Fontes: Super Interessante e Winnipeg Free Press

PROCESSO SELETIVO ISMART

domingo, 1 de julho de 2012

www.highability.org

quarta-feira, 27 de junho de 2012

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Cientista nuclear aos 17 anos


por DN.ptHoje

 
É considerado o "Mozart da Física", frequenta uma academia para sobredotados e até Barack Obama quis conhecê-lo.
Aos 17 anos, Taylor Wilson é considerado uma das maiores esperanças da física nuclear nos Estados Unidos e no mundo, tendo já realizado algumas conferências sobre o tema enquanto prossegue os seus estudos na Universidade de Nevada e numa particular academia ligada àquela instituição: a A Academia Davidson, onde a média de entrada é de 9,99 em 10.
Os pais não sabem onde Taylor foi buscar o seu interesse pela ciência. O pai é um simples funcionário da Coca-Cola e a mãe é monitora de ioga. Mas desde muito cedo que Taylor mostrou interesse por questões técnicas e científicas. Aos cinco anos, pediu uma grua aos pais. Só que não queria um brinquedo, queria uma a sério, daquelas que movimentam toneladas e toneladas nos portos.
O espaço foi o seu interesse seguinte. Aos nove anos, estudava propulsão de foguetões; e aos dez, conhecia de cor a tabela periódica e todos os seus componentes.
A sua maior aventura começou aos 14 anos, quando disse aos pais querer construir reator nuclear. Taylor começou o projeto ainda em casa, mas foi já na Academia Davidson que o jovem terminou o seu reator de fusão.
Até agora já recebeu nove prémios científicos, um dos quais pela construção de um modelo económico e altamente sensível para deteção de substâncias radioativas em pequenas quantidades. Um importante equipamento no combate ao terrorismo, pois grupos radicais podem tentar passar clandestinamente materiais radioativos para uma "bomba suja", divididos em quantidades ínfimas. 

Em fevereiro, foi recebido pelo Presidente Barack Obama no âmbito de um evento anual organizado pela Casa Branca e dedicado às ciências.
Desde 2011, que colabora com a agência americana de energia atómica e o Departamento de Energia concedeu-lhe um subsídio para estudos.
Nos tempos livres, Taylor, que se define como "um adolescente normal, que gosta de desporto e de convívio", coleciona materiais e fósseis radiotivos.



terça-feira, 17 de abril de 2012

Future By Design [Jacque Fresco]



Documentário Future by Design na íntegra. Dirigido por William Gazecki, este documentário fala sobre a vida e a obra do designer industrial, inventor, engenheiro social e futurista Jacque Fresco.
YOUTUBE.COM

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Inglesa de 4 anos tem QI semelhante ao de Stephen Hawking e Einstein


Segundo o jornal 'Daily Mail', a pequena Heidi entrou para grupo de 'gênios'.
Ela aprendeu a ler aos 2 anos e ainda não começou a frequentar a escola.

Aos 4 anos, a pequena Heidi Hankins ainda não começou a frequentar a escola, mas já sabe fazer contas de adição, subtração, escrever frases e ler livros para crianças com idade muito mais avançada. Segundo reportagem do jornal "Daily Mail", a precocidade da menina fez com que seus pais testassem seu quociente de inteligência. O resultado foi 159, apenas um ponto atrás de físicos como Stephen Hawking e Albert Einstein.




Heidi, de 4 anos, tem QI parecido ao de Stephen Hawking e Albert Einstein (Foto: Reprodução/Daily Mail)



A garota, que vive com a família na cidade de Winchester, na Inglaterra, foi aceita na Mensa, uma sociedade para pessoas com QI alto que reúne cerca de 100 mil membros no mundo inteiro.
De acordo com o relato do pai de Heidi, Matthew, ao jornal britânico, a pequena gênia já balbuciava sons logo após nascer e, quando completou um ano, "seu vocabulário era relativamente bom. Agora é muito bom". Com 18 meses, ela aprendeu a ler sozinha, com a ajuda de um computador, afirmou o pai. "Notamos que ela estava usando o mouse para navegar, e clicando em botões que diziam 'OK' e 'Cancelar'", contou.
Matthew disse ainda ao "Daily Mail" que, quando Heidi tinha apenas dois anos, leu um conjunto de livretos em cerca de uma hora, demonstrando habilidade semelhante à de crianças de sete anos. Além disso, Heidi apresenta maior destreza para desenhar que as crianças de sua idade, produzindo desenhos detalhados, em vez de figuras genéricas e amorfas.
O fato de Heidi não se demonstrar desafiada pelas atividades oferecidas pelas professoras do berçário fez com que a família decidisse submetê-la a um teste de QI feito especificamente para crianças da sua idade. O resultado ficou apenas um ponto atrás dos 160 que somaram tanto Stephen Hawking, físico britânico famoso por sua teoria sobre buracos negros e pela popularização da ciência, quanto o célebre físico teórico alemão Albert Einstein.
O pai negou ao jornal que estimule a garota, e afirmou que, além de se interessar sozinha por livros, também brinca com bonecas e legos como uma criança normal. Agora, ele espera que ela possa pular um ano na escola para se sentir mais desafiada.
GLOBO.COM

domingo, 8 de abril de 2012

Identificação é falha também em escolas particulares


SÃO PAULO - Encontrar uma escola preparada para atender superdotados não é tarefa fácil, mesmo entre os colégios particulares. A carioca Anunciata Sawada conta que uma escola particular tradicional do Rio não quis aceitar o filho, Kei, que hoje tem 17 anos. A matrícula só seria feita se a mãe prometesse que o jovem se "enquadraria à escola".
- Esses jovens são muito questionadores. Às vezes, têm mais conteúdo que os professores. A escola achou que ele poderia não querer fazer exercícios e provas ou que seria um desagregador. Ela teve medo de ter que lidar com a situação.
Anunciata afirmou que a recusa lhe causou surpresa:
- Eu não esperava que uma situação dessa fosse acontecer, até porque acho que uma criança assim pode trazer bons resultados para a escola.
Segundo a presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação, Cristina Delou, se as escolas não estimularem adequadamente os alunos, o potencial delas pode ser desperdiçado.
- A criança fica entediada pela rotina, deprimida, e há um desperdício do talento. Há casos em que professores impedem que o aluno faça perguntas e em que a criança brilhante começa a ficar sem interesse, não quer se destacar - alerta.
Mãe de dois superdotados que estudam em uma escola particular em São Paulo, Florangel Marquez optou por colocar os filhos Gabriel, de 9 anos e Camila, de 8, para fazer atividades extras:
- Eles não achavam as atividades da escola interessantes. Elas não ofereciam desafio. Foi a forma que achei de suprir as necessidades que tinham. Eles já fizeram aula de robótica, ciências e teatro e, agora, estão fazendo aula de música.

Escolas melhoram diagnóstico de crianças superdotadas


Cresce número de alunos identificados com altas habilidades

SÃO PAULO - Aos 9 anos de idade, Bernardo Dias já está na oitava escola. Sua mãe, Ana Paula Amaral do Carmo, conta que muitas delas deram desculpas para justificar a necessidade de troca. Para ela, no entanto, o problema é que não sabiam como lidar com o filho, que, após passar por várias instituições, foi diagnosticado como superdotado.

— Teve escola que me pediu para tirar o Bernardo de lá com a desculpa que ele comia muito lanche. Ele chegou a ser maltratado por uma professora, que não admitia que ele terminasse as tarefas rapidamente e pedia aos coleguinhas para não falar com ele em sala — contou Ana.
Por falta de preparo dos professores para identificar alunos como Bernardo, casos como o dele ainda são comuns em escolas públicas e particulares no Brasil. A boa notícia é que, ano a ano, tem aumentado o número de alunos diagnosticados como superdotados, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), órgão do Ministério da Educação (MEC).

Em 2010, eram 8.851 estudantes superdotados matriculados em escolas públicas e privadas; e no ano anterior, 5.478, ou seja, um aumento de quase 62%. Em 2000, o total era apenas 682.
Segundo a diretora de políticas de educação especial da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Martinha Dutra, o aumento ocorreu porque os professores estão mais aptos a identificar os superdotados.

Em 2005, o ministério criou os Núcleos de Atividade de Altas Habilidades/Superdotação (Naahs) para ajudar na formação de professores e, com isso, saibam reconhecer com mais facilidade os superdotados e também estimular a habilidade e criatividade deles. O MEC criou um núcleo em cada unidade da federação, mas a gestão é feita pelos estados.

— O núcleo treina professores para identificação e desenvolvimento de atividades para os alunos. Mais professores podem estar sabendo como identificar os alunos superdotados — diz Martinha Dutra.

Para o MEC, alunos superdotados ou com altas habilidades são aqueles que “demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes”. Além disso, esses estudantes têm “grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e na realização de tarefas em áreas de seu interesse”.
Porém, entidades especializadas em superdotados apontam dificuldades. Para a presidente da Associação Paulista para Altas Habilidades / Superdotação (Apahsd), Ada Toscanini, o problema da formação de especialistas ainda persiste:

— Os professores, de forma geral, ainda não têm formação adequada para identificar os superdotados nem para atendê-los. O superdotado ainda é discriminado, visto como doente, pessoa com problemas nervosos ou hiperativo.

A presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação (Conbrasd) — organização não-governamental que reúne profissionais da área e pais —, Cristina Delou, também acredita que ainda há muitos profissionais despreparados.

— Os cursos de formação de professores de graduação não têm conteúdo específico para identificação de superdotados. E quase não existem programas de mestrado voltados para a educação de superdotados — observa Cristina, que é professora e pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Segundo ela, os Núcleos de Atividade de Altas Habilidades/Superdotação (Naahs) só podem formar profissionais que trabalham na rede estadual, deixando de fora os de escolas municipais e privadas. Além disso, destaca, os núcleos, cujas ações são geridas por cada estado, não funcionam a contento, pois não têm prestado atendimento aos alunos e às famílias deles.

Estímulo em laboratórios de universidades

O MEC reconhece que apenas alguns núcleos fazem atendimento direto aos alunos e pais de alunos. Mas o ministério afirma que eles têm monitorado as ações de estímulo à aprendizagem dos estudantes nas “salas de recurso” das escolas públicas, onde os superdotados, assim como as pessoas com deficiência, têm que receber suplementação escolar. Nelas, os alunos devem encontrar materiais e profissionais capacitados para atendê-los no contraturno.

Segundo o Conbrasd, como os superdotados podem ter nível de conhecimento superior ao de professores da escola, o ideal é que eles frequentem laboratórios de universidades para que se sintam estimulados.

Foi o que aconteceu com Kei Sawada, que aos 4 anos de idade já havia se alfabetizado sozinho em português e inglês.

— A escola ficou muito chata para ele. Conseguimos que frequentasse o laboratório de altas energias da UFF. Depois de uns meses, recomendaram que ele fizesse logo o vestibular e ele foi acelerado de série. Ele estava com 16 anos quando passou em primeiro lugar no vestibular de Física na Universidade Federal do Rio — conta a mãe de Kei, Anunciata Sawada.
Mas a aceleração escolar — quando a criança “pula” uma ou mais séries — não é um processo simples. Em São Paulo, por exemplo, mães estão procurando a Justiça para conseguir limitares que permitam esse avanço de série. A Secretaria de Educação entende que o procedimento é irregular, pois ainda não foi regulamentado pelo Conselho Estadual de Educação. Mas, em nota, o conselho afirmou que não precisa regulamentar a questão, pois a Lei de Diretrizes e Bases da Educação já prevê a possibilidade de aceleração.

André da Rocha Domingues, de 7 anos, já tinha sido acelerado quando se viu obrigado a retroceder de série, por determinação da secretaria.

— Em janeiro, fomos informados que ele teria que voltar para o 2 ano do fundamental. E ele voltou. Foi difícil, ele não queria ter que estudar tudo de novo. Meses depois, consegui uma liminar na Justiça, e ele foi transferido para o 3 ano — relata a mãe de André, Cátia Domingues.

O GLOBO

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Filho de pescador, Indiana Jhones é campeão brasileiro de matemática

Estudante do Povoado de Poxim (AL) ficou quatro anos fora da escola. 'A matemática é muito importante para mim', diz jovem com nome de herói.


Indiana Jhones, de 19 anos, filho de pescador, mora no povoado de Poxim, na região de Coruripe (AL); ele foi campeão da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e vai receber a medalha de ouro em uma cerimônia no Rio de Janeiro (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)


Assim como o famoso personagem do cinema, o estudante Indiana Jhones dos Santos, de 19 anos, gosta de decifrar enigmas. Nas telas, o professor de arqueologia interpretado por Harrison Ford se aventura em busca de relíquias e tesouros. Na vida real, o garoto que mora no Povoado de Poxim, em Coruripe, em Alagoas, tenta reescrever a história de sua família por meio dos problemas da matemática. Indiana ganhou medalha de ouro na última edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep).






George Lucas, diretor da saga, teve um cão com o nome que inspirou o personagem. Fã da série de filmes criada por Lucas e por Steven Spielberg, a dona de casa Angelita Maria dos Santos Silva, de 42 anos, não titubeou na escolha ao batizar seu primogênito. “Assisti aos filmes e achei tão lindo, tão bonito que quis que meu filho tivesse esse nome", afirma. Indiana diz que gosta da homenagem, não se incomoda com a curiosidade alheia, mas preferiria ter um nome mais comum.


Indiana mora com a mãe e o padrasto José João Batista, de 64 anos, a quem Indiana Jhones considera um pai, em uma casa simples de um dos povoados de Coruripe, a cerca de 90 km de Maceió. São três cômodos e uma cortina colorida pendurada, dividindo a sala da cozinha. Na parede, imagens religiosas. Está próxima à praia de Poxim, no litoral sul alagoano, um paraíso de águas claras, com coqueiros, muito visitado pelos turistas.



Mãe e padrasto estão desempregados. Batista pesca “para a família não passar necessidade.” A única renda da casa vem do benefício do Bolsa Família. Indiana não trabalha, mas pensa em dar aulas de matemática para reforçar o orçamento. Prefere os números à pescaria. O garoto diz que não vê o pai biológico há 7 anos.
O prêmio de campeão na Obmep é inédito, mas Indiana já garantiu medalhas de bronze nas edições de 2009 e 2010. Em 2007, na estreia da competição, levou menção honrosa. Além das medalhas dos anos anteriores, ganhou uma bolsa de R$ 100 por mês do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), mas perdeu o benefício por falta de acessos ao site, o que garantia a permanência da bolsa. O jovem não tem computador em casa.
A medalha de ouro será entregue no Rio de Janeiro. Indiana, que só conhece a capital do estado onde nasceu, está ansioso com a viagem de avião e com a expectativa de fazer amigos e conhecer novos cenários.
Estudante Indiana Jhones mora em um povoado de pescadores chamado Poxim (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)
As 19 anos, o garoto tímido e de aparência triste já poderia ter concluído a educação básica, mas, aos 16, desistiu de estudar e ficou 4 anos fora de escola. Agora cursa o primeiro ano do ensino médio em um colégio do estado. Nos anos anteriores, quando disputou a Obmep, estava no 9º ano na escola municipal General Goes Monteira, localizada no Povoado de Poxim.
Sobre o tempo em que parou de estudar, Indiana tem pouco a falar. Diz que não o fez porque tinha de trabalhar, mas apenas faltava estímulo. “Tinha preguiça, não tinha vontade de ir para a escola, ainda mais à noite. Mas quando ganhei minha primeira medalha fiquei incentivado e deu mais vontade de estudar.” Desde então, garante que não vai mais abandonar a sala de aula.
O professor Djalma Felix disse que viu um dom no
aluno Indiana Jhones (Foto: Vanessa Fajardo/G1)  

Melhor Ideb de AlagoasIndiana teve a seu favor a qualidade da rede de ensino que possui o melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre os 102 municípios alagoanos. A nota é 4,5 - meta prevista para ser atingida em 2015. A rede possui 19 escolas que atendem 14 mil alunos.
O estudante também contou com o apoio do professor Djalma Felix do Nascimento, de 43 anos, que logo identificou seu talento com os números. “Percebi que ele tinha um dom, superava os outros facilmente. Para mim o Indiana é um aluno especial, tem muita capacidade e consegue resolver os problemas mais difíceis. Ele é muito respeitado na escola.”
Quando fala da matemática, Indiana sorri. Diz que a matéria é difícil, por isso causa tanta antipatia entre os estudantes, mas, se houver dedicação, não é impossível. “Tem de prestar atenção nos professores e estudar em casa ajuda muito. A matemática é muito importante para mim. Desde criança tenho facilidade e acho que ela pode ser um caminho para eu conquistar uma vida melhor.”
GLOBO.COM


domingo, 1 de abril de 2012

'Supercampeã' entra em Harvard e em mais 5 universidades americanas

Tábata Amaral, de 18 anos, concluiu ensino médio com bolsa de estudos. Filha de dona de casa, superou dificuldades financeiras e realizou sonho.
Há cinco anos, a estudante Tábata Cláudia Amaral de Pontes, de 18 anos, moradora de São Paulo, estabeleceu uma meta: estudar na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. De lá para cá, pegou firme nos estudos, foi destaque em olimpíadas estudantis dentro e fora do Brasil e aprendeu a falar inglês. O resultado oficial do esforço chegou na última quinta-feira (29), Tábata foi aceita em Harvard e em outras cinco universidades americanas. São elas: Caltech, Columbia, Princeton, Yale, e Pennsylvania. Harvard é uma das universidades mais conceituadas do mundo e as outras cinco em que a brasileira foi aceita também seguem entre as mais bem colocadas em ranking mundial de reputação divulgado em 15 de março. A seleção é feita pelo Scholastic Assessment Test (SAT, Teste de Avaliação Escolar), uma espécie de 'Enem americano,' que também é aplicado no Brasil aos interessados em disputar vagas nos Estados Unidos. Para conquistar a vaga também é necessário fazer o teste de proficiência em inglês, o Toefl (Test of English as a Foreign Language). "Quando soube [da aprovação em Harvard] comecei a chorar muito, perguntava se podia mudar o resultado. Eram duas da manhã, liguei para minha mãe, meu pai ficou super emocionado. Chorei duas horas seguidas", diz Tábata. O aviso foi feito via telefone por um representante da universidade, porém o resultado só foi oficializado na última quinta-feira. A garota agradece ao fato de ter tido acesso ao resultado de Harvard antes do previsto. Três dias depois que soube da aprovação, o pai morreu. Se soubesse somente na última quinta-feira, não teria como ter contato a ele. "Foi muita sorte. Ele acreditou em mim e eu cumpri minha promessa. Ele ficou muito feliz, nem conseguiu mais dormir naquela noite. Que bom que deu tempo de falar, de qualquer forma ele saberia do céu, mas foi bom contar", afirma.
A jovem foi aluna do Colégio Etapa, em São Paulo, como bolsista. Como sua mãe que trabalhava como vendedora de flores e o pai que era cobrador de ônibus não tinham como arcar com suas despesas de transporte e alimentação, o Etapa passou a custear um quarto em um hotel próximo à escola na Avenida Vergueiro, além de pagar as refeições da estudante. Atualmente, como já concluiu o ensino médio tornou-se funcionária do colégio: é professora de química e astronomia dos alunos que participam de olimpíadas. Para estudar nos Estados Unidos também terá bolsa de estudos e ajuda de custo. Lá as bolsas são distribuídas de acordo com as condições socioecônomicas do estudante aceito e não por mérito, por isso a garota diz que não estar preocupada com a questão financeira. Tábata estuda física na Universidade de São Paulo (USP). Como não sabia se seria aceita nos Estados Unidos, garantiu a vaga assim que foi aprovada no vestibular deste ano. Ainda não sabe por qual universidade americana vai substituir a USP, mas não esconde sua preferência por Harvard. Ela foi convidada por algumas universidades para uma visita e deve ir para os Estados Unidos na segunda quinzena de abril antes do período de matrículas. "É bem provável que escolha Harvard, mas quero pensar direitinho. Quero conhecer as universidades que me convidaram, visitar laboratórios, pensar na minha vida e digerir o que aconteceu. Na volta tomarei uma decisão bem tomada." Astrofísica e socióloga Apesar de ser craque nas ciências exatas, Tábata não dispensa a formação na área de humanas. A jovem quer mesclar os estudos entre astrofísica e ciências sociais. Ciência porque se diz apaixonada, e é por meio dela que consegue descobrir o mundo, e a sociologia porque quer trabalhar com educação, ajudar pessoas e retribuir as oportunidades que teve na vida. Para isso, pensa em seguir carreira como pesquisadora, criar um centro de pesquisas de astrofísica e atender alunos de escolas públicas. Tábata afirma qualquer estudante pode chegar onde ela chegou. "Estabeleci um sonho 'meio grande' há cinco anos, e fiz de tudo para conseguir. Na verdade, no final não acreditava. Dá trabalho, mas não é impossível."
História com as olimpíadas As cerca de 30 medalhas das olimpíadas conquistadas na vida de "atleta" estão guardadas na casa dos pais na Vila Missionário, Zona Sul de São Paulo, onde também estão os dois baús repletos de presentes que trocou com os participantes das olimpíadas na China, Turquia e Polônia, e em várias cidades brasileiras. Ela também coleciona moedas e notas em papel. A primeira medalha foi uma de prata que veio aos 12 anos, em 2005, quando ela fez sua estreia nos torneios estudantis com a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). No ano seguinte, ganhou o ouro e bolsa de estudos da escola Etapa. A vontade de aprender vem junto com a de ensinar. Há três anos, Tábata criou o Vontade Olímpica de Aprender (VOA), um projeto que visa incentivar estudantes de escolas públicas nas olimpíadas. As aulas ocorrem sempre aos domingos de manhã em uma escola pública na Vila Mariana. Atualmente são cerca de 180 alunos. "O VOA é meu xodó e o projeto vai continuar sem mim. Quero convencer ex-alunos a se tornarem professores. E vou ajudar pela internet, não quero me desligar", diz. GLOBO.COM

Projeto VOA!





O Projeto VOA! - Vontade Olímpica de Aprender, acontece em parceria com duas escolas públicas estaduais do município de São Paulo, através de um trabalho voluntário desenvolvido por jovens professores, todos medalhistas internacionais, que pretendem orientar o Treinamento para Olimpíadas Culturais de uma forma lúdica, interessante, utilizando-se de uma abordagem diferente daquela comum à sala de aula. Esses treinadores conseguem estabelecer uma linguagem bastante próxima com os participantes, e nota-se que dessa forma passa a haver uma motivação especial por parte dos alunos.

O Projeto VOA! nasceu de um outro, similar, que já acontece em Santa Isabel - SP ( Projeto OSI) há alguns anos e tem obtido bons resultados, tendo sido objeto até mesmo de importantes matérias jornalísticas. Não se trata de aula de reforço e tampouco será questionado o programa escolar. A preparação para olimpíadas é feita de uma maneira inovadora, estimulando-se especialmente o raciocínio lógico, o que na realidade ajuda o aluno em todas as áreas do saber e sua formação global.

As participação em olimpíadas tem um importante papel na educação moderna, pois além da capacidade de aprender a enfrentar ambientes competitivos, o estudante estará inserido num ambiente sadio, formando novos grupos de relacionamento com objetivos similares dentro do universo olímpico e terá a chance de superar seus próprios limites. Essa prática é altamente recomendável, e fará toda a diferença num futuro próximo desses jovens. Poderá abrir portas para ingresso em universidades de bom nível e porque não dizer para o próprio mercado de trabalho que os aguarda. Os resultados desse tipo de programa são reais e representam um grande diferencial para o ensino na rede pública, que enfrenta inúmeras dificuldades.

O Rotary Clube São Paulo Oeste e Sé contribuiram de forma importante com esta iniciativa, que já conta com 98 alunos inscritos, todos da rede pública. A educação tem sido tratada pelo clube como prioridade social, colaborando-seassim com um dos principais objetivos de Rotary Internacional.

O Projeto VOA!, através de sua equipe, registra seu agradecimento à este clube apoiador!


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